O Luís tirou-me as palavras da boca (salvo seja):
"Começa a ser incompreensível o tempo (fora de tempo) que a implementação do PRACE já comporta. Estamos a entrar no fora de prazo que os próprios diplomas estabelecem. A maioria dos Ministérios ainda não apresentaram as linhas gerais das orgânicas para os seus serviços e entretanto já estão ultrapassados os 90 dias que tinham sido determinados nas macros. As que já foram aprovadas em Conselho de Ministros de Dezembro continuam por publicar.
O desatino começa a ser insustentável e o desânimo, a desmotivação e a incerteza tomam conta das conversas de todos os dias, em todos os corredores da Administração Pública.A indefinição é já um paradoxo e o mal estar e boataria tomam conta do Sector Estado onde a falta de expectativas impede a tomada de decisões de futuro, aumentando a sensação de que o gerir do dia-a-dia é cada vez mais uma prática inviabilizadora das medidas de progresso que já deveriam estar no terreno.
Tanta ineficácia e inoperância faz adivinhar que haverá custos futuros no cumprimento das metas delineadas num processo que parecia louvável no seu início e que actualmente deixa antever o manobrar das pressões e mafias instaladas há décadas na Administração Pública.
Estes processos, conduzidos desta forma tão pouco eficiente são mais um forte abanão na descredibilizada política e mais um rude golpe na esperança de um dia se conseguir ver o fim deste túnel medíocre em que cada vez mais nos sentimos enclausurados.(…)"