Ainda que escasseiem os novos post, não se deixem enganar, a discussão prossegue animada na Alternativa – não confundir co ma alternativa de que falou ontem Guterres que é ainda, para mim, uma perfeita incógnita – nas várias caixas de comentários.
Aproveito para deixar uma sugestão de leitura. O artigo de opinião de António Nogueira Leite (ex-secretário de Estado do Tesouro e Finanças de António Guterres, António Nogueira Leite e actualmente administrador da CUF e da Quimigal segundo leio aqui) e de José Manuel de Morais Cabral designado de Ninguém é inocente
Um excerto:
“(…) Os opinadores parecem ter descoberto que a realidade do excesso da despesa pública começou com este Governo. Vemos e assistimos a declarações de fim-de-semana perfeitamente patéticas, cujo objectivo não é identificar as razões para o descontrolo da Despesa Pública. Vemos histriónicos fundamentalismos beatos que mais parecem rezas e pregações avulsas no meio de um verdadeiro manbo jambo económico. São, de facto, novos evangelistas que tendo estado calados (e caladas) no passado – e o passado é longo, como demonstraremos – resolveram aparecer a anunciar novos caminhos paras as Finanças Públicas. Não dizem é quais! Este Ministro das Finanças não serve! Falta-lhes, para além de tratarem António Bagão Félix como o bombo da festa, apontar o seu verdadeiro ódio de estimação: o actual Primeiro-Ministro.
Não vale a pena, se queremos ser honestos intelectualmente, usar o exercício orçamental de 2005 sem considerar que este conta à partida com o acréscimo de despesas (aumento dos funcionários públicos) e decréscimo das receitas (redução do IRC em 2004) já prometidos na fase final do XV Governo. O que pretendem os novos evangelistas? Suspender as decisões tomadas pelo Governo anterior e congelar o aumento do funcionalismo público anunciado pelo Governo Barroso?
O não querer ver a verdade apesar de evidência existente, mostra que a pretexto do OE estamos a assistir a fabricação de uma crise política cujo objectivo só pode ser um: convocar eleições antecipadas. E os que virão quererão olhar para a verdade? (…)”
Texto completo aqui (Diário Económico).