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Não concordando com tudo o que o João escreve a seguir, acho que ele traduz uma das posições comuns a muito portugueses que merece ser discutida e que tem muitos pontos de ligação com o que também me preocupa. Segue então [e enquanto não dinamizamos um blogue específico para este movimento cívico”] a posição de princípio para o “Movimento por uma alternativa real ao
bloco central” do João Alves do Blogue Sombra ao Sol:
“O Movimento que ontem se iniciou, pelas esquinas da blogosfera nacional, e que conta com o meu total apoio e entusiasmo desde da 1ª hora, pretende renovar os partidos do chamado “arco governativo”, vulgo PS e PSD, caídos em desgraça pelas suas actuais estruturas de clientlismo político, deixando de ser alternativas pelas positiva, quando chega à altura de se verificar o rotativismo democrático e eleitoral entre eles.
Desde os governos de António Guterres que o “Centrão” político deixou de servir os portugueses para passar a servir-se dos portugueses. Desde da nomeação de Mega Ferreira para a Expo’98 até à de Celeste Cardona para a CGD, há uma espécie de acordo tácito entre ambos para que, quando um deles toma posse, os seus “boys” vão para o lugar dos “boys” que lá estavam do Governo anterior. Só esta situação de clientelismo político é suficiente para dizer “Basta!”. Não somos radicais, somos pessoas politicamente situados ao centro, algumas com tendência Social-Democrata, outras de tendência socialista, mas que estamos profundamente insatisfeitos com o actual rumo das coisas. Não fazemos isto com qualquer ambição política ao chamado “tacho”.
Não é esse o meu objectivo. É fazer a minha parte por um País melhor, mais bem preparado para os seus e para o exterior, sem que se morra no rotativismo clientelar, ora Santana, ora Sócrates, personagens completamente feitas pela TV do Big Brother, que não têm um único ímpeto reformista, e só governam a pensar no noticiário das 20 horas. Se este movimento é algo utópico? Não penso. Penso é que não vale a pena dizer: “Não façam nada, porque isso não irá nunca resultar”.
Pois a essas mentalidades, eu respondo: “Ao menos, não me podem acusar de não tentar fazer nada pelo meu País.” E é isso mesmo, pelo o que eu percebi, que este movimento quer fazer. Algo pelo País. Algo diferente, sem radicalismos neo-liberais ou utopias totalitárias anarco-consumidoras de caviar. Queremos mostrar que é possível um Portugal diferente, um Portugal melhor, sem as actuais estruturas do Estado da “cunha”. Como disse o Nuno Peralta, o objectivo não é a criação de um novo partido, mas de um movimento cívico que mostre aos partidos do centro a insatisfação do seu próprio eleitorado “tradicional”. Não acha que é possível ter sucesso com isto? Então nunca aprendeu a tentar. Mas, caso contrário, junte-se a nós, somos poucos, mas estamos com grande entusiasmo e com vontade de levar isto para a frente….a maneira que eu estou, pessoalmente, a encarar isto é: “E porque não?”