Uma das mais significativas referências ao Movimento Partido da Terra na imprensa de hoje encontrei-a no quase sempre estimulante artigo de Eduardo Cintra Torres (ECT) no Público de hoje entitulado “Isto Dá Vontade de a gente se abster”.
Depois de percorrer o rol de desesperanças retratando as diversas campanhas mais “significativas”, termina o seu artigo com uma espécie de paradigma da decadência política descrevendo uma reportagem das actividades de um dia com o MPT – que pelos vistos foi o oposto de um tempo de antena em jeito de video clip a que assisti enpolgado há alguns dias. Eis as palavras de ECT:

“(…)Uma reportagem que vi das “actividades” do Partido da Terra (MPT) serve como símbolo televisivo desta campanha eleitoral: o “partido”, nesse dia, foi ao cinema. A fita escolhida foi um filme-catástrofe, “O Dia Depois de Amanhã”. O “partido” era uma pessoa só, um único candidato que perorou sem convicção para a câmara de televisão. O último plano da reportagem mostrava o candidato a entrar, sozinho, na sala escura.”

Cada vez mais me apetece deixar o meu voto solidário, pleno de convicção a este partido de anti-heróis… A esta que foi a terceira força política mais votada entre a comunidade emigrada em Lyon e que granjeou mais de 13000 votos a nível nacional em 1999. Porque os outros prometem a Lua…

Adenda! Nem de propósito Luis Filipe Borges editou há poucas horas no Causa Nossa um outro contributo para a campanha referindo o MPT… Termina com uma sugestão para reflexão: “Um partido com preocupações ambientais e que faz campanha eleitoral? Mas isto não é uma contradição nos termos?!”
Bem preferia que fosse um Vital Moreira a fazer esta crítica que aqui descaradamente retiro do contexto, para logo eu aqui alardear que “Vêem! Vêem! Eles já andam como medo do MPT! Foi assim que começou com o Bloco!” Mas tratando-se das afirmações de um dos ilustres autores de Stand Up Tragedy só me resta pólvora seca…
Ah! Como seria bom que a natureza e as suas lições nos bastassem como campanha!

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