Ei tu! Quem é que te mandou investigar o Valentim Loureiro sem me pedires autorização? Já para o olho da rua!
Só pode ser esta a explicação, não acham?
E contudo o governo, as suas partes e chefes delegados resistem. Ganham mesmo ousadia testando os limites da razoabilidade democrática do exercício das suas funções a cada dia. Cada vez mais às claras! Dando argumentos muito válidos ao mais compulsivo velho do restelo.
No meio de tantos insultos, a oposição nem margem de manobra (ou engenho) tem para dramatizar seja o que for e a suspeita de que somos cada vez menos uma democracia cresce.
Mesmo com culpados muito bem identificados, nada se faz, tudo se vai fazendo. Haverá ao menos o pouco consolador exercício do inquérito parlamentar? Duvido.
Este governo lembra-me um pouco a trágica história da ovelha clonada. Também ele nasceu de uma sucessão de clonagens ideológicas e experiência “genéticas” mal amanhadas e em dois anos ultrapassou já os vícios, tiques e doenças que a era Cavaquista e Guterrista foram denotando significativamente ao longo de uma segunda legislatura.
Fede! E ainda temos de aturar dois anos disto, sabendo que ainda está para nascer um governo (oposição) que nos mereça, ou pelo menos – desculpem lá o tique à lá “Mourinho” – que me mereça.