Abre os olhos: hoje, passados 28 anos e uns pós do início da existência, aproveitei a pausa para “café” e li pela primeira vez um excerto do “Ultimatum Futurista Às Gerações Portuguesas do Século XX” escrito por José Sobral de Almada Negreiros em Dezembro de 1917.
“(…) O Português, como os decadentes, só conhece os sentimentos passivos: a resignação, o fatalismo, a indolência, o medo do perigo, o servilismo, a timidez, e até a inversão. Quando é viril manifesta-se instintivamente animal a par do seu analfabetismo primitivamente anti-higiénico
(…)
É preciso criar as aptidões pró heroísmo moderno: o heroísmo quotidiano.
(…)
É preciso destruir sistematicamente todo o espírito pessimista proveniente das inevitáveis desilusões das velhas civilizações do sentimentalismo.
É preciso explicar à nossa gente o que é a democracia para que não torne a cair em tentação.
(…)
Abandonais os políticos de todas as opiniões: o patriotismo condicional degenera e suja; o patriotismo desinteressado glorifica e lava.
Gritais nas razões das vossas existências que tendes direito a uma pátria civilizada (…)”.
Há um excerto mais extenso disponível aqui.