Para que conste subscrevo o que escreveu o João Morgado Fernandes sobre o Anti-semitismo e Israel. Há tanto tempo que ando para dizer isto e sempre com tão pouca arte que hoje atrevo-me a roubar descaradamente o texto do Terras do Nunca deixando-o aqui com a devida vénia ao autor (para mais tarde recordar).
Anti-semitismo e Israel
Anda por aí novamente o debate sobre o anti-semistismo. Já por aqui passou e, sinceramente, não tenho muito mais a dizer. Reparo, novamente, que a questão é indissociável da política concreta do estado de Israel. Há um anti-semistismo com raízes históricas, religiosas se quiserem, que nem sequer discuto. Apenas condeno, com veemência. Mas há um anti-semitismo mais recente, mais político, que é gerado e alimentado pela cegueira de Israel (e dos Estados Unidos, obviamente) que recusam a evidência – os palestinianos têm o mesmo direito a viverem em paz que os israelitas. Podemos jogar com as palavras, debater conceitos, mas voltamos sempre ao mesmo – Israel, o estado de Israel, é ele próprio gerador de anti-semistismo, em sentido lato. E eu, que nem sequer tenho qualquer gosto por teorias da conspiração, não estou completamente seguro de que não seja premeditado.