É pena o Ter Voz estar no limbo, talvez eles podessem melhor esclarecer isto.
Pelo que eu percebi até agora nada mais me resta do que tomar um anti-ácido (com o Paulo já somos dois só hoje) e concordar com o João Miranda:
Soares tem razão. Agora que o líder do PS faz demagogia securitária, o espírito de Abril está mesmo na lama.
Adenda II: Confesso que fui à procura da luz. Porque raio decidiu a concelhia do PS atirar-nos à cara este cartaz, recorrendo exactamente ao mesmo nível de intervenção política que Pedro Santana Lopes nos habituou?
Ainda que não tenha encontrado justificação para a evidente demagogia formal da intervenção da Concelhia do PS de Lisboa, prontamente apoiada pelo Secretário Geral, esta apresenta argumentos um pouco mais dignos no Forum Cidade. Contudo, a imagem que fica não é de todo a que transpira das palavras mais racionais publicadas no blogue, mas antes a de uma incómoda semelhança com o que Santana Lopes tem de pior. E já agora, provar ou não o agravamento da criminalidade violenta é quase o que menos interessa e leva tipicamente a um ror de manipulações e altercações balofas entre partidários. Se há sugestões de acção cuja execução se insira nas competências da Câmara e leve à diminuição do problema invista-se por aí. O que leio, salvo uma referêcnia a “o reforço de verbas na área social”, é a defesa de mais esquadras e isto soa-me mais a paleativo do que a profilaxia.
Adenda I: contributo para definir o que era/é o espírito de Abril:
Paz, Pão,
Povo e Liberdade
Todos sempre unidos
No caminho da verdade
(…)
Canta Povo canta
Por um Portugal em paz
Por uma democracia
P’lo nascer de um novo dia
(…)
Canta Povo canta
Trabalhando pelo pão
Com toda a tua vontade
Tu ganhaste a liberdade
(…)
Tens a liberdade
Dá a mão ao teu irmão
Pelo bem da nossa gente
Construindo sempre em frente
(…)
Nós vamos fazer um país
mão na mão há-de nascer vontade
assim vamos todos cantar povo
cantar paz, cantar pão, liberdade
(…)
Desencanto e desilusão
se quisermos vamos por-lhes fim
Às vezes é preciso dizer não
Agora é urgente dizer sim
(…)
Excertos do Hino do PSD e da JSD que podem ser encontrados na versão integral aqui.