O Paulo Gorjão tem estado em cima do acontecimento e coloca questões extremamente pertinentes sobre a forma e o método de encarar o SIS.
A questão da nomeação do responsável máximo desta organização (não só a actual como as que lhe antecederam) demonstra quão mal o poder político lida com esta organização (ou com as forças armadas num nível ligeiramente diferente). A sensação com que fico enquanto cidadão (lembram-se da triste história Veiga Simão?) é que por muito bons que sejam os operacionais estão longe de ter condições efectivas de cumprir com a missão que lhes deveria caber. Correndo o risco de fazer um genaralização (ligeiramente) exagerada, atrevo-me a afirma que o SIS, as Forças Armadas e a Justiça têm servido demasiadas vezes de gritantes exemplos da total incompetência e sentido de Estado dos sucessivos políticos responsáveis, muito provavelmente pelo menos desde o 25 de Abril. O amadurecimento democrático do pais terá inevitavelmente de passar por aqui.
Deixo-vos as perguntas do Paulo:
(…) Com quem e’ que – neste caso Margarida Blasco – e’ casado(a)? Qual e’ a actividade profissional que exerce? A que tipo de interesses politicos e economicos (ou outros) podera’ estar (ou esteve) ligado(a)? De que tipo de associacoes faz (ou fez) parte? Clubes desportivos? Ordens profissionais? Maconaria?
Tudo isto deveria ser averiguado previamente e so’ entao se deveria nomear o(a) candidato(a) a director(a). A razao que sustenta esta opiniao e’ muito simples. O ser e o parecer sao igualmente importantes. O merito da escolha deveria estar acima de qualquer duvida quer do ponto de vista profissional, quer pessoal.
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