Antes de fechar a loja por hoje e ainda num tom politizado recomendo a leitura do Cidadão Livre na sua réplica às «Dez razões para um “sim europeu”». Tenho de admitir que em muitas questões estou mais próximo do tom mais federalista e liberal do Cidadão Livre do que do modelo de Europa implícito nas “10 razões para um sim europeu”. Não vejo grandes motivos para contentamento e vejo poucas para “votar sim” ao que tem estado em cima da mesa.
Pela minha parte, resolvo-me a ir reduzindo o culto de reservas mentais quanto ao modelo de governação de uma União Europeia. É fundamental falar claro e ter regras e procedimentos claros. Hoje parece-me evidente que estamos muito longe de assumir que queremos um Estado Federal capaz e completo (coerente na diplomacia, na defesa, nos direitos sociais). Não me parece, contudo, que possamos conviver unidos à escala a que chegámos (25 países em tendencial União Económica e Monetária) com menos do que isso.
Espero ao menos que, na perspectiva de um impasse absoluto, se perceba que um passo atrás na integração não será o fim do mundo. Será sempre preferível ao colapso total que está à espreita.