A Filipa comentou o texto de ontem designado Escolhas nestes termos:
Olá Rui, não duvido do mérito do plano Escolhas e da sua manutenção.
Mas até que ponto faz sentido este tipo de programas de acompanhamento de jovens e famílias para a sua integração, da inicitaiva do ESTADO, se a sociedade civil esta pouco sensibilizada e tem pouca consciencia da sua responsabilidade comum naquilo que chama a prevenção!?
Um sociedade consciente não discrimina os estrangeiros, sejam eles de leste, africanos ou brasileiros! Uma sociedade sensibilizada não exclui o toxicodependente e o criminoso e faz de conta que nada se passa, ou então comenta entre os amigos: “Isso são coisas de pretos e dessa gente esquisita de leste”!!??
Além disso, de que valem estes planos de acompanhamento se o próprio poder político, seja ele central ou regional, continua a empurrar esses ditos jovens e famílias com problemas para zonas periféricas aos espaços urbanos, transformando-os em verdadeiros getos de marginalidade, de consumo de drogas, etc, etc.?!
Porém, esta é a realidade e parece-me que ainda estamos longe de conseguir alterar esta atitude!!
Além de aqui destacar o texto da Filipa permito-me esta breve resposta:
Cara Filipa:
Eu revejo-me no Estado e considero-me parte da sociedade civil. Revejo-me particularmente num Estado que apoia este tipo de iniciativas e enquanto membro da “sociedade civil” procuro ser consciente, sensível e activo na solução dos problemas que criamos e/ou nos criaram. Por mais exemplos que revelem atitudes e práticas que colidam com este espírito empreendedor que encontremos, só nos resta agir defendendo aquilo que achamos poderá e deverá levar a um situação melhor do que a que temos.
O que propõe Filipa? Que deixemos os racistas e todos os que têm asco ao seu semelhante e que o demonstram com ou sem hipocrisia levar a melhor?
Há uma batalha constante, há pessoas que ignoram ou se recusam a ver o que lhes passa à frente do nariz mas também há quem se decida a pôr mãos à obra, que denuncie, quem alerte. Há quem no exercício do poder que tem tente fazer a diferença, quer esteja apenas na “Sociedade civil” ou no aparelho do Estado no exercício de um cargo público.
É a esses (que também os há!) que nos temos de juntar Filipa.
Um abraço,
Rui