…talvez não tão bom quanto isso (ficar até estas horas na net).
Acabei de descobrir que ou sou ignorante ou estou de má fé neste mundo.
Não podia estar em maior desacordo consigo caro Católido de Direita logo assenta-me o seu epÃteto.
Permita-me a frontalidade: a sua cabecinha em matéria de pensar a imigração é uma grande confusão. Mistura filhos de imigrantes oriundos de Ã?frica (muitos deles portugueses pretos, chegados essencialmente nos anos 70 e 80) com os afluxos de imigrantes dos últimos 15 anos. Constata que houve e há uma certa desregulação nas entradas para de imediato concluir que andamos há mais de uma década com excedente de imigrantes. Enfim, devolvo-lhe o mimo que ofereceu ao Paulo Gorjão: Em que torre tem estado enfiado nos últimos anos? Tem passado pelos estaleiros de obras, pelos estabelecimentos comerciais, pelas explorações agrÃcolas?
E depois acena com o perigo de dilurmos a portugalidade… Faz ideia de qual é a percentagem de residentes estrangeiros em Portugal? Não chegarão a ser 6% muito provavelmente. Em dados oficiais talvez metade disso! Quer compará-la como que encontramos em França, na Alemanha ou mesmo em Inglaterra?
E ainda lhe pergunto que coisa estanque e desinfectada é essa que imagina ser-se português?
Parece-me que o seu problema não é de facto com os imigrantes é apenas com um certo tipo de pessoas que não quer reconhecer como seus concidadãos. Alguns deles são um problema, sem dúvida, e poderão merecer uma abordagem especÃfica que muito provavelmente nunca tiveram mas não se atreva a querer recataloga-los de expatriáveis. São-no tanto quanto você ou quanto eu.
Muitos deles orgulham-me muito mais de ser português (como eles) do que o caro concidadão Católico de Direita. Basta-me ler o que escreve e observar a leviandade com que defende tamanhas enormidades.
Uma vez que terminou abruptamente a discussão com o Paulo Gorjão imagino que seja utópico lê-lo sobre os problemas, desafios e oportunidades da imigração no mundo contemporâneo e em Portugal em particular…
Por mera curiosidade, admitindo que não considera o expatriamento de portugueses de ascendência africana, que medidas preconiza para resolver os problemas da violência e da prevenção da mesma entre tais comunidades?