Há muito, muito tempo, num belo dia de Verão, o Rui resolveu fazer um blogue.
A ideia surgiu-lhe nas páginas de um jornal (Público) e, depois de algumas experiências algo embaraçosas, descobriu inspiração num Adufe.
Correu a recordar como eram os adufes da sua memória e certificou-se que era um excelente nome para o ajudar a manter-se concentrado no que lhe era essencial, no seu cantinho público/privado que acabara de criar.
O Adufe, aos poucos foi ganhando forma e perdendo-a e por aí fora. Há cerca de duas semanas mudou de casa. Ainda falta ir buscar algumas mobílias, mas como o novo ninho é tão acolhedor vence a preguiça de ir buscar os arquivos ao sótão do antigo lar.
E agora Rui o que vai ser do Adufe? O que eu quiser. Poderá ser melhor se me oferecerem belas ideias. Poderá ser melhor se eu tiver belas ideias. Mas, como secretamente já esperava, vai ser menos ansioso do que há três, dois ou um mês atrás. O Adufe não vai tirar licença, vai continuar a ser feito quase só a duas mãos mas é provável que vá diminuindo a assiduidade. Uns dias talvez quase frenético outros ausente. Felizmente não tenho assinantes 🙂
Quero ter prazer em construí-lo e quero ter a certeza de o integrar na minha vida sem gerar anti-corpos. Se eu continuar, vai continuar.
A melhor maneira de aproveitar o que vejo dos outros é dar-me a conhecer, valorizo mais o que leio assim. Expor-me em alguma medida. Dar sangue escrevendo como diria o doende. E depois há o objectivo: encontrar quem goste de muito do que eu gosto, descobrir que gosto do gosto dos outros que muitas vezes nem conhecia. E espantar-me também com a diferença, com a minha ignorância e com a ignorância dos outros.
Obrigado pelas visitas, sugestões comentários. Obrigado a quem me tocou com palavras, imagens, até com silêncios sabiamente interrompidas com uma palavra fraterna. Agradeço principalmente a quem teve paciência para compreender esta minha paixão sem ver nisso prova de desamor.
Ora vamos lá continuar a bloggar.