Num destaque à comunicação social divulgado ontem o INE informa que:

“Défice da balança comercial diminuiu 17.0% até Julho

De Janeiro a Julho de 2003, as variações homólogas registadas nas saídas (+2.4 %) e nas entradas (-3.8 %) determinaram a redução de 17.0 % no défice da balança comercial.” Os dados agora divulgados são ainda provisórios.

É bom notar que, após considerar os primeiros dados referente ao 2º semestre de 2003, o comportamento das trocas com o exterior, que se vinha a revelar cada vez menos dinâmico no final do 1º semestre, ressurge de forma significativa. Parece haver algum fôlego da economia portuguesa. Mas aguardemos mais algum tempo para deitar foguetes.

Algumas notas pessoais exclusivamente sobre o comércio intracomunitário:

1. O nosso principal parceiro é cada vez mais a Espanha relegando a Alemanha para 2º lugar (Exportações e Importações).

2. O dinamismo da economia espanhola nos últimos meses levou a que esta economia mais do que compensasse as perdas de exportações portuguesas para a Alemanha tendo como efeito colateral a melhoria significativa da balança comercial portuguesa com a Espanha (as importações espanholas para Portugal estão em quebra moderada).

3. Curiosidade: a balança comercial portuguesa com a França aproxima-se do equilíbrio.

4. O peso do comércio externo com a Grécia foi o único que aumentou nas duas frentes ao longo do período (Exportações + 13,7%; Importações + 7,7%).

5. Os combustiveis minerais, os produtos químicos, os produtos de óptica e de precisão e os plásticos e as borrachas registaram, todos, incrementos homólogos superiores a 10% no seu volume de exportações tendo contribuido claramente para o bom resultado global da balança comercial.

6. As exportações de vestuário também registaram um aumento em termos homólogos: 4,0%. Pior comportamento revelaram os sectores do Calçado e das Peles e Couros.

E mais não digo.

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