Não resisto a fazer eco de último post de Pedro Machado no País Relativo:
“A canícula alemã ou Montesquieu revisitado:
Durante estes dias de intensa e constante canícula, os alemães andam desorientados. Carregam olheiras de noites dormidas a espaços, circulam empapados em suor. Atiram-se sofregamente a ventoinhas e aparelhos de ar condicionado, baixam às urgências hospitalares com queixas de insolação e desidratação. O correio atrasa-se, as entregas ao domícilio eternizam-se. Os patrões desesperam com a fraca produtividade dos empregados, estes com a generalizada falta de climatização dos locais de trabalho. Metros e comboios convertidos em estufas, centrais nucleares, tal como em França, a transpirar e a ameaçar gripar – e lá se vai o ar condicionado ainda agora comprado. Um país virado do avesso, um país subitamente com hábitos e ritmos mediterrânicos. Só que mais perdido, ofegante e exasperado pela falta de hábito. Será que, no meio de tanto desajustamento, sucumbirão à poligamia que Montesquieu dizia própria dos climas quentes?”
Apenas acrescento: Maldito Determinismo Geográfico! E não é que os portugueses que lá moram têm excelentes índices de produtividade?!??! A juntar ao Algodão não engana que está ali em baixo resta dizer: É a pólvora meus caros, a verdadeira pólvora!