E agora um abraço a todos os que fizeram (e dignamente desfizeram) o MEP e que há 5 anos estavam reunidos com sentido de dever cumprido à espera dos resultados. Foi uma grande aprendizagem, uma experiência inesquecível e um testemunho inspirador a que tive a sorte e prazer de assistir e partilhar. O MEP não singrou como alternativa mas, pelo menos no meu caso, face ao meu ponto de entrada, revelou-me que há motivos de esperança onde não os vislumbrava. A esperança e crença no vizinho do lado, caro eleitor, não diminuiu, aumentou. Há muito boa gente alheada da política disponível, interessada e capaz. Deu-me uma perspetiva muito mais positiva do que podemos fazer em política. Muito do que vi por lá faz uma imensa falta nos grandes partidos, a energia, a audácia de mudar internamente, de tentar novos mecanismos de comunicação e de participação e de construir e reconstruir o próprio programa político e os vários programas de governo. À medida que vou conhecendo melhor o meu partido “natural”, o PS, mais convencido estou disso mesmo. Melhor é possível e vai ter de se fazer. No meio de um imenso pessimismo quanto ao cenário político “externo” e perante um cenário de grande afastamento face uma parte crescente do eleitorado, não consigo esconder esta nota de esperança e vontade de ação. Contribuir com maior exigência, mais energia e entrega na participação cívica dentro de um partido nunca pode ser um empecilho. Será sempre o fundamental da força vital de qualquer democracia. Afinal que raio de outro caminho é que quem se fica a resmungar e a reclamar prezando a sua querida abstenção imagina como solução?
Um abraço especial ao Rui Marques, à Francisca Assis Teixeira, ao Joaquim Pedro Cardoso Costa, à Margarida Gonçalves Neto, à Laurinda Alves, ao Rui Nunes da Silva , ao Miguel Alves, ao Jorge Sousa, ao Jorge Santos ao Carlos Albuquerque, à Joana Morais E Castro, ao Rui Castro Martins, à Margarida Olazabal Cabral, ao Luis Cabral ao Tiago Neto ao Pedro Fidalgo Marques e a tantos outros.