Em poucas palavras…
Eduardo Dâmaso diz o essencial:
“(…) Desta vez, o que o PS não pode é desperdiçar a oportunidade de propor um contrato de modernização do país. Tem que ser claro sobre a reforma da administração pública e provar que é capaz de fazer uma reforma fiscal. E que na educação vai ser capaz de acabar com o actual desperdício de dinheiro e apontar um novo e sério caminho. E isso tanto vale para os que olham mais para a esquerda como para os que se posicionam ao centro e piscam mais o olho à direita. “
July 23rd, 2004 at 3:41 pm
Na minha opinião o problema é estrutural. Continuar a apostar na estrutura que temos levará inevitavelmente aos prejuízos que o Rui gostaria de ver o PS a evitar. Acontece que tal não é possível. O Estado Social tem a sua base de apoio numa classe média que vive agarrada às benesses estatais pelo que qualquer ‘arranjo’ redundará num contínuo fracasso.
July 23rd, 2004 at 3:44 pm
Na minha opinião o problema é estrutural. Continuar a apostar na estrutura que temos levará inevitavelmente aos prejuízos que o Rui gostaria de ver o PS a evitar. Acontece que tal não é possível. O Estado Social tem a sua base de apoio numa classe média que vive agarrada às benesses estatais pelo que qualquer ‘arranjo’ redundará num contínuo fracasso.
July 23rd, 2004 at 4:46 pm
Temos muitos “Estados Sociais”:
O Estado Social propriamente dito mas também temos o “Estado Social” para as empresas. Ambos precisão de uns abanões nas estruturas e quanto ao Estado e ao exercício do poder muito passa pelo Orçamento e pela fiscalidade. O que é uma mudança estrutural afinal? Acabar com os subsídios de desemprego, com as pensões de reforma, com o rendimento mínimo? É esse o “cancro” do Estado Social?
Para mim quase tudo pode ser discutido mas não é irrelevante a prioridade a dar às medidas a tomar. Por exemplo, posso admitir que um program como as Contas Poupança Habitação poderão, de facto, ser uma forma pouco satisfatória de estimular a poupança mas deverá ser esse o meu objectivo primordial numa reforma fiscal? Ou seja, atacar um dos instrumentos a que toda a classe média com capacidade de poupança pode recorrer para reduzir a carga fiscal? I don’t think so!
Há benefícios fiscais e regimes de excepção a mais orientado para muitos quintais – actividades económicas específicas.
Antes de atacar (extinguir) as CPH e os PPR/E e afins, ou o sistema de segurança social ou mesmo o financiamento dos sistemas educativo/ saude temos outros “cancros” estruturais bem mais relevantes a atacar: simplificar ao máximo o cálculo do rendimento colectável de pessoas singulares e colectivas e proceder à sua cobrança. Ter uma visão muit clara do que fazer nesta área é condição necessária para tudo o resto.
July 23rd, 2004 at 7:20 pm
O problema é que como as prioridades anteriormente definidas não encaixam no programa das forças de coligação em presença, só mesmo o PS poderia pô-las em pratica quando ascendesse ao poder. A dúvida levanta-se perante as candidaturas já conhecidas, qual será o candidato que efectivamente poderá executar este necessário plano de reformas, que foi adiado sucessivamente pelos governos de anteriores legislaturas, nomeadamente do PS.
July 24th, 2004 at 1:05 pm
E das saladas russas sai alguma coisa de geito?