Nunca haverá melhor política sem melhores políticos, sem melhores militantes, sem melhores eleitores, sem melhor participação cívica, sem mais e melhor empenho de quem está dentro e fora dos partidos.
O meu apelo hoje não é a que vote no dia 4, você não precisa de mais apelos desses caro amigo, fará o que entender. Mas deixo-lhe um apelo, de facto, é a que participe da melhor forma que puder e souber e com a disponibilidade que tiver na atividade política que nos serve a todos. Apelo até a que considere sem horror, nem tragédia, passar a militar num partido! Contribuir por dentro com a sua humildade, competência, experiência de vida e cultura democrática para que esse partido, que talvez veja hoje como um eterno mal menor, possa passar a ser um “mal melhor” e, quem sabe um dia, um bem melhor 🙂
Se acredita em milagres e no poder da abstenção, do discurso inflamado nas caixas de comentários ou com os amigos sobre a “corja”, ou se acredita no poder do voto nulo, do voto em branco, do voto de protesto ou mesmo no singelo voto regular nas eleições nacionais, então deixe-se ficar. Eu acho que não chega. Há pouquissima gente a fazer os partidos que temos hoje, falta-lhes a dimensão crítica para gerarem com saúde os próprios quadros políticos que devem nascer de uma família saudável, complexa e diversificada.
Perdoe-me a arrogância, mas se quer ir além do prato atual que lhe oferecem para governar o país e estruturar a nossa vida coletiva, considere, por favor, fazer mais qualquer coisa.
Às vezes pode não parecer, pode até haver lá dentro quem não ache a ideia interessante, mas garanto-lhe que a porta dos partidos está aberta e por muito que o abafem ou não encarem, precisam de si para serem mais e melhor do que aquilo que são hoje. Atrevo-me a dizer que é assim no PS e é assim em outros que habitualmente nos governam. Mas algo está a mudar, algo tem de mudar. Os anos passam, o país vai sempre entrando dentro dos partidos, é certo. Que seja um fenómeno mais comum, mais fluido e mais natural é o que desejo.
Em particular, se o PS é o seu “mal menor” e a casa de onde imagina conseguir chegar mais perto dos seus ideais ou a paixão de sempre mas do qual nunca foi militante, pode dar aqui o primeiro passo (clique).

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