Syrizar

22 Set 2015 Rui Cerdeira Branco
Na noite eleitoral grega, Simon Nixon, comentador principal do Wall Street Journal para assuntos europeus e admirador confesso da PAF e da famosa TINA, deu testemunho do que julga ser a opinião maioritária entre os líderes europeus: a vitória de Tsipras com um governo estável era desejada porque, ‘despite everything’, é visto como o que conseguirá enfrentar os interesses instalados.

Estaria Nixon a incluir entre estes líderes Pedro Passos Coelho?

E assim a PAF eliminou da sua propaganda o verbo “syrizar”. Tem até já uma nova forma de alimentar a tese do “ou nós, ou o caos”: afinal o PS quer destruir a Segurança Social e só a PAF a poderá salvar!

A verdade é que o Syriza, nascido da extrema esquerda, acabou por congregar boa parte da falange eleitoral moderada, desiludida com o agonizante PASOK. Veremos agora se resolveu a imaturidade dos seus primeiros meses de experiência governativa.
Cindiu-se, reorganizou-se e assumiu que era preferível serem eles, coligados com um pequeno partido de direita, a gerir a má medicina europeia do que a remeterem-se à condição de partido de protesto. Consegue imaginar alguma força política da “verdadeira esquerda”, a desempenhar este papel por cá?

Conforme publicado no Diário Económico.

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