Privatizar ou manter a TAP nacionalizada para mim não é uma questão de princípio (leia-se um dos dogma ideológicos que não tem de fazer prova de conjuntura). É antes daqueles casos candidatos a análise custo-benefício (ver sobre culpa no cartório o que se escreve aqui => Sérgio Figueiredo no Diário de Notícias: “A companhia de bandeira (a meia-haste)”). E para o PS ao longo dos últimos anos também está longe de ser questão clara. Convém ter isso em mente antes de se começar para aí a extremar a coisa. Parece-me prudente. Tentar ser coerente, ter consistência, um programa bem estruturado também passa por aqui e hoje vejo muita matéria para coçar a cabeça. Não é má vontade é mesmo perceber o sentido prático da coisa.
TAP privatizada no segundo semestre de 2001 – Jornal de Negócios

ADENDA: A sério, como é que se vende parcialmente a TAP no mercado atendendo à sua situação corrente – em boa parte “oferta” do atual governo? E em que percentagem? Há interessados? É que nem para pôr o dinheiro onde temos a ideologia a coisa é linear. Ajudem-me a perceber. A levar a coisa a sério.  É exquível nesta altura do campeonato apresentar uma privatização parcial via bolsa de valores como alternativa que viabiliza a companhia? É que o estado financeiro a que a empresa chegou, em boa parte pelo sucessivo desinvestimento e one-size-fits-all da política de austeridade não me parece deixar margem para acreditar que a empresa consegue “levantar” capital na bolsa para alimentar um plano viável mantendo o modelo estratégico corrente. Mas posso estar a ver mal. Obrigado.

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