Hoje “fui” pela primeira vez a uma assembleia geral de militantes. Bom convivio, tirando a parte de se terem esquecido de avisar que já não havia reunião. Porta fechada, tudo bagunçado no interior, luzes apagadas. Não fora um discreto cartaz dos tempos em que o PS quase perdeu o punho para só restar a rosa e nada garantiria que não estava perante uma ruína. Nem telefonema, nem email, nem uma alma a abrir a porta ou então a mandar circular que não se passava nada.
Ao fim de um tempo e depois de várias tentativas dos camaradas que se foram juntando, lá se conseguiu saber o que se passava (bendito telemóvel) e soube-se mais do que se queria. Que tinha havido uma emergência na capital, sim mas também que os militantes “certos” foram avisados da desconvocação. Sobraram os velhos, os muito velhos e os novos, muitos novos. O que é certo é que nunca esquecerei este batismo cheio de lições. De coisas que não vêm no telejornal e que só muito de passagem se adivinham na amargura de alguns militantes que habitualmente dizem coisas de dentes cerrados.
No final foi muito estimulante ouvir a memória do PS ali no meio da rua, na boca de quem tinha a minha idade há 40 anos e já militava. Tudo isto bem no centro de Marvila, entre as 21 e 22 horas. De certa forma cumpriu-se a ordem de trabalhos. #40anos25abril