Ninguém consegue explicar com os argumentos habituais  com que nos convidam a definir a política económica e social pelo andamento nos mercados da dívida pública, porque é que bons alunos, maus alunos e alunos assim-assim estão a conseguir colocar dívida a preços cada vez mais baixos e, em vários casos, em mínimos absolutos desde que se criou o Euro. Se calhar era bom repensarmos a forma como definimos culpas, medimos rigor económico e definimos ou recusamo-nos a definir uma política fiscal comum.
É que o indicador mercados por estes dias (e em muitos outros dos últimos anos) simplesmente não tem leitura nem consistência para ser fulcro de qualquer projeto político e económico. Se há paradoxo evidente, que haja ilações claras.
Na Europa temos de nos entender e procurar um núcleo de interesse comum. E nos últimos dias a História tem-nos avivado alguns que traziamos esquecidos. Enquanto simplificarmos análises confiando em mercados, em fantasmas com quase 100 anos, em meias histórias sobre a crise recente e em preconceitos moralistas disfarçados de economicidade (com toque levemente xenófobo) mas sem fundamento factual, não nos safamos.

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