Esta história do chip na matrícula obrigatório para se cobrarem portagens nas SCUT parece de todo desproporcionada. Tenho Via Verde de forma voluntária e não durmo mal por isso, notem, mas fico inquieto com a ligeireza com que embarcamos ao nível do Estado em projectos controleiros desta magnitude. Sabemos onde isto começa, não sabemos onde acaba, ou se calhar até sabemos.
Desde que alguns amigos consultores me contaram a facilidade e se calhar irresponsabilidade com que dados supostamente ultra-confidenciais estão disponíveis e mal arrumados que temo sempre que o futuro dramático de um big brother e de vários pequenos brothers surjam por aí. Para que é que é preciso saber onde andam TODOS os carros que circulam neste país? E porque é que tal tem de ser obrigatório? Até onde o “quem não deve não teme” justifica a perda sucessiva de graus de liberdade e/ou a agilização de qualquer processo de controlo?
Acho muito bem que se cruzem dados da segurança social com os do fisco, notem, mas sou daqueles que acha que há um limite e que é fundamental estarmos sempre a zelar pela nossa liberdade. Até agora, esta história do chip não me convenceu. Os benefícios parecem-me demasiado insignificantes face aos potenciais malefícios a médio e longo prazo. Inquietação é a palavra de ordem, mais uma vez.
Sobre este assunto e seus derivados:
Quem tem Via Verde vai ter de comprar o novo identificador automóvel obrigatório?
Com um chip na matrícula poderei vir a saber o que você andou a fazer ontem à noite, sempre

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