” (…) O ministro resolveu “encostar os dois dedos indicadores à cabeça, simulando chifres”, como escreveu na altura o Jornal de Notícias, em direcção à bancada do Partido Comunista, numa sessão do plenário. Tal como aconteceu com Ricardo Rodrigues, o ministro Pinho provavelmente esqueceu-se que estava a ser filmado. Objectivamente, o acto de Pinho tem uma gravidade muito menor: embora tenha ocorrido no decorrer do exercício de funções políticas, não envolveu a apropriação indevida de nenhum objecto que não lhe pertencesse. Porque é que à época se retiraram ilações políticas de peso e nesta ocasião nem um pedido de desculpas se conseguiu extrair até hoje de Ricardo Rodrigues? Que tipo de impunidade garante a este deputado o seu silêncio? São as perguntas que ficam por responder.”

Marina Costa Lobo em “Roubar no Parlamento não é apenas um assunto de Justiça

Como é que se explica isto a uma criança que nos pergunta o que é a democracia, um partido político e o parlamento?
O PS provavelmente ainda há-de ser nosso outra vez, mas não agora, nem para breve. Enquanto for dando e acumulando exemplos destes passamos bem sem ele. Ou será que a prova neste caso também depende de escutas? Já nem São Tomé nos redime.

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