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Serra do Bando, ao meio, a abandonada aldeia de Chão do Brejo.

Junte-se a mim, para este pequeno exercício.No take da Lusa, de há pouco, onde ler Penela, Coimbra, leia, Mação,Santarém. Quanto às  aldeias, leia Chão do Brejo, na Serra do Bando

Penela, Coimbra, 04 Nov (Lusa) – Duas aldeias situadas na serra do Espinhal, Penela, há vários anos desabitadas, vão ser recuperadas no âmbito de um projecto turístico que envolve um investimento privado de 30 milhões de euros, disse hoje fonte da autarquia.

    As povoações de Pessegueiro e Esquio possuem um total de 80 casas, adquiridas pela empresa Prolote, de Pombal, e vão albergar um projecto turístico que pretende a transformação da primeira em aldeia desportiva e da segunda em aldeia de charme.

    “A aldeia do Pessegueiro será reconvertida em aldeia desportiva. Vai possuir uma ligação em telecadeira até São João do Deserto [o ponto mais alto daquela região, situado a 854 metros] e [haverá] uma aposta nos trilhos pedestres e de bicicleta”, disse hoje à agência Lusa Paulo Júlio, autarca de Penela.

    Já a aldeia de Esquio irá albergar equipamentos turísticos destinados a uma clientela média-alta, tirando partido da localização, a 750 metros de altitude.

    “Tem uma vista fabulosa, daqui vê-se Coimbra”, disse o autarca, durante uma visita hoje efectuada àquela povoação, situada em plena zona do Pinhal Interior Norte, junto à Serra da Lousã.

    O investimento privado pressupõe, para além da requalificação das habitações “mantendo a matriz original”, a edificação de equipamentos hoteleiros e de lazer e infra-estruturas de apoio como água, luz e saneamento, entre outras.

    Por seu turno, o município de Penela assumirá os investimentos necessários relacionados, nomeadamente, com a acessibilidade às aldeias, actualmente só possível através de um caminho florestal com cerca de 3,5 quilómetros de extensão.

    “Uma estrada como a conhecemos não há, há um caminho florestal onde passa um carro ligeiro que vai ser alargado e melhorado”, garantiu Paulo Júlio.

    O autarca sublinhou ainda o “carácter simbólico” do empreendimento turístico, por permitir o regresso de pessoas a povoações desabitadas há vários anos.

    “No Pessegueiro, o último habitante saiu há seis anos e a aldeia do Esquio há 12 anos que não tem ninguém, está completamente ao abandono, parte dela debaixo de silvas”, ilustrou.

    Frisando que a povoação de Esquio possui “mais de 50 casas”, Paulo Júlio lembrou os “tempos áureos” da aldeia, nos anos 50 do século passado: “Moravam cá 120 a 150 pessoas, era um aglomerado urbano considerável, chegou a possuir uma capela que também vai ser recuperada”, sustentou.

    Segundo o autarca, o promotor imobiliário estima concluir até final do ano o levantamento topográfico da zona a intervencionar, bem como os projectos de arquitectura dos equipamentos turísticos e de cada uma das cerca de 80 habitações.

    Em 2009, disse Paulo Júlio, decorrerão os projectos de execução e respectivos licenciamentos, bem como a limpeza das aldeias e trabalhos preparatórios da obra, que deverá estar concluída em 2011.

    O investimento nas aldeias de Pessegueiro e Esquio vai ser apresentado publicamente durante a terceira edição do Fórum de Desenvolvimento Económico de Penela, que decorre no próximo sábado.

    “É já um espaço afirmado de discussão”, considerou Paulo Júlio, aludindo ao fórum, que privilegia temas relacionados com a economia e desenvolvimento regionais.
 JLS.

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