Era certo e sabido: amanhã, dia de Todos os Santos, teria de acordar mal dormido. Eu e os meus companheiros de despreocupada infância do Bairro do Quintal da Estrada, lá para as bandas de Cardigos, freguesia de Mação, já bem no coração da Beira Baixa, com o meu alto alentejano natal, Gavião, quase a perder-se no horizonte.Esperava-nos a madrugadora aventura de descer à Lameirancha, pequeno lugarejo ali à mão, regressar e subir à ingreme sede da vila. Tudo isto em demanda das saborosas broas de mel, broas de milho,alguns chupas de açúcar caramelizado, bem cheirosos marmelos e, não raro, alguns centavos, também.

Bolinhos, bolinhos, às portas dos seus santinhos“!!!Depois do minuto de expectativa lá se abriam as portas das prazenteiras  donas de casa, arregalando os olhos para as nossas bolsinhas, pequenas maravilhas em retalhos ( patchwork, como agora se diz!) e que as nossas atentas Mãezinhas confeccionavam, aos domingos, em demoradas e colectivas tardes de costura junto à Capelinha das benditas alminhas.

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-Maria, não temos de ir ao Jumbo, comprar os rebuçados para os pequenos heróis que ainda resistem?!

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Amanhã, em Mação, resistindo a todos os atentados, os que por cá vamos existindo e insistindo em não querermos perder o contacto com as nossas raízes, é o Dia Maior, a Feira de Todos os Santos. Venham daí!

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Bolinhos para todos os nossos leitores. Uns santos, é o que são!

antónio colaço

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