Quando ajudei os meus pais a escolher o primeiro carro lá de casa – uma decisão parcimoniosa que ocorreu já comigo em plena capacidade de exercer o direito de voto – comecei a ver Citroen ZX (era o modelo escolhido) por todo o lado. Uma autêntica praga.
Quando há poucos anos comprei o meu primeiro popó aconteceu-me o mesmo, nunca até ter comprado o dito veículo me tinha apercebido da popularidade que o Escolhido tinha entre os portugueses. Sendo um carro flexível, poupadinho e ao jeito de uma família pequena que precisa de bagageira sem ficar engasgado a meio da rampa de Monsanto, a sensação de partilha democrática é prazenteira e motivo de esperança. Ups, esperança…
Hoje não há político que se preze que não encha a boca com razões de esperança (por exemplo, Morais Sarmento na SIC Notícias enquanto zurze, pausadamente, a actual liderança do PSD). É bom ver que ninguém tem o monopólio da palavra esperança. Ainda que me ponha a coçar a cabeça quanto às razões de cada um. Anda tudo à boleia, é o que é.

P.S.: Ó Colaço, um desafio: cate lá aí a esperança na boca dos políticos como fez com o ânimo aqui há tempos. Só para tirar teimas.

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