Os movimentos de cidadãos estão claramente em crescendo de número e de exposição mediática com alguns a apresentarem-se muito significativamente ao eleitorado do centro. Para quem como eu anda por estas águas em regime de orfandade crescente e não se revê na oferta partidária existente, estes são tempos de orelhas atentas e de potencial aposta numa passagem das palavras aos actos.
Entre os movimentos de cidadãos com intenção de originarem partidos políticos orientados para aquilo que se costuma designar de centro político, destaco o mais antigo Movimento Liberal Social com forte implantação na net e neste meio (blogues) e o novíssimo Movimento Esperança Portugal (MEP).
Ambos se colocam no olho do furacão. O primeiro oferece na net extensa informação política, identificando-se com um movimento pan-europeu liberal (no sentido mais livre do termo) com preocupações sociais. O segundo tem para já na forte identificação humanista a principal característica fundadora.
Recentemente participei numa reunião do MLS na qual encontrei pessoas de espírito jovem e empenhado com vontade de quebrar com inevitabilidades ditadas e com um forte pendor liberal, conscientes também da incontornável função reguladora do Estado. Em relação ao MEP sei ainda pouco, mas garante-me quem a opinião tenho por habito considerar que o empenho e ambição de oferecer ao país outra mentalidade e outra forma de encarar a política e serviço à comunidade são o móbil fundamental de um projecto que pretende quebrar de outra forma com a curta tradição partidária: começar em força com um porjecto que se vem estruturando há já algum tempo e catalizando quem procurar alternativas fora do bipartidarismo dominante e das soluções extremas remanescentes.
Disputar o centro, é obviamente entrar directamente para o olho do furacão do poder e essa é precisamente, por mais paradoxal que pareça, uma terra de ninguém, ou melhor dizendo, de uma espécie de partido único.
Com tudo o que por aqui tenho dito e escrito ao longo destes anos, o mínimo que posso fazer é estar atento ao que se vai passando. O máximo que poderei fazer o futuro dirá.

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