A mentira sucessiva tem de ter um custo político elevado
“O day after do anúncio da ratificação parlamentar do Tratado de Lisboa comprova o falhanço de uma determinada estratégia. A rolha, o condicionamento de cidadãos e jornalistas e os processos judiciais contra os críticos não vingaram. Felizmente, os portugueses continuam a não ter medo de opinar sobre os seus políticos e governantes, revelando uma coragem cívica notável.”
Rui Costa Pinto em “Golpe na Democracia“.
January 9th, 2008 at 3:27 pm
Infelizmente se não fosse a Internet, não tinha onde opinar sobre política, e muitas vezes sou até criticado por isso. Mas eu até compreendo quem me critica, é que de facto a matéria em causa é deprimente, daí que muitos outros portugueses optam por fugir ao assunto, mas no entanto isso não será uma atitude autista?
January 9th, 2008 at 3:39 pm
É, sem dúvida. Sem crítica não há qualquer esperança de se melhorarem as acções, nossas e dos outros.
January 9th, 2008 at 6:14 pm
Toda esta guerra acerca da ratificação do Tratado de Lisboa por referendo é simplesmente deplorável.
O Sócrates, como se viu hoje no Parlamento, recebe uma oportunidade para brilhar.
Os portugueses em geral estão-se nas tintas para o assunto, e Sócrates sabe-o, por várias razões:
– têm mais que fazer do que participar em votações pró-forma cujo resultado já se conhece antecipadamente.
– não acreditam que a campanha de tal referendo os viesse a esclarecer já que seria apenas mais um pretexto para dirimir as querelas partidárias habituais.
O que seria realmente interessante era fazer um referendo para consultar os portugueses sobre as várias medidas concretas que são apresentadas como de “inspiração europeia”, a saber:
– a lei do tabaco tal como existe
– a fiscalização dos produtos alimentares pela ASAE da forma como é feita
– a proposta de limitar a 30 km/h a velocidade nas povoações e de encher o país de lombas e radares
Esse sim, seria um referendo interessante e talvez muito frequentado…
Não cairão daí abaixo.