Sobre a questão da independência do ministério público, sublinho uma ideia mais genérica que tenho vindo a comprovar na medida do (meu) possível, ao longo dos últimos dois anos:
A independência tem vindo a ser substituida velozmente pela subserviência em muitas das relações instituconais com o poder executivo. Isto é particularmente assim junto das instituições onde a independência assume um papel fulcral no sentido de sua própria existência. O processo não é novo, será histórico, mas os responsáveis do momento não encontram no passado perdão para os pecados presentes.

O Partido Socialista está objectivamente a enfraquecer a nossa democracia permitindo e patrocinando o que de pior há entre os seus piores apoiantes envolvidos no aparelho do Estado. Temo que estejamos a caminhar no sentido oposto ao indispensável à maturidade política do nosso regime. Um processo cujo tempo e urgência percebo como comparáveis aos do tão acarinhado desafio de equilíbrio orçamental.
Quem semeia ventos vai mesmo colher tempestades e, para nosso martírio maior, talvez até mais cedo que muitos esperarão. Porventura a roleta dos disparate decidirá.
Haja no PS quem abra os olhos e perceba o que está a ser posto em causa. Nem o primado da omissão terá perdão. Primeiro entre o eleitorado mais culto das cidades, depois no resto do país.
Quem vos avisa…

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