Consta na imprensa que há fortes evidências de que Somague financiou ilegalmente o PSD e veio mais tarde a receber uma retribuição em espécie num concurso para uma obra pública. Como é da lei da temporalidade os responsáveis de então (ou boa parte deles) já não são os do presente.

Que tipo de responsabilização permanente oferece esse partido quando os responsáveis de agora recusam culpas do passado? Sendo legítimo que aligem responsabilidades, em que é que o partido se distingue de um qualquer independente em termos responsabilidade política? 

Um independente provavelmente ficaria manchado para sempre, já um partido tem embutido um mecanismo de regeneração que em larga medida controla. Mas isso não funciona precisamente contra o próprio na medida em que  consegue minimizar comportamentos que deveria ser indesculpáveis? O voto fica a saber a muito pouco se o próprio partido não tiver a iniciativa de usar o seu poder de auto-regulação para punir exemplarmente as más condutas. Essa sim seria uma garantia adicional não negligenciável de um partido face a um independente.

Mas isto sou eu a pensar com a ponta dos dedos. Que vos parece caro leitor? 

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