Concordo inteiramente com Vital Moreira neste seu artigo levemente inspirado pela recente eleição em Lisboa "Eleição de Lisboa (2)":

Aqui fica para memória futura com comentário no final:

"O sistema de governo municipal carece de uma profunda reforma, devendo optar-se decididamente entre um sistema de tipo presidencialista ou um de sistema de tipo parlamentar.
Se se quer o primeiro, então o presidente deve ser eleito individualmente (preferentemente por maioria absoluta, obrigando a uma segunda volta se nenhum candidato obtiver maioria na 1ª votação), devendo depois escolher livremente os seus vereadores, tendo em conta a necessidade de assegurar apoio para as suas propostas na assembleia municipal.
Se se quer o segundo, então não deve haver eleição directa nem do presidente nem da câmara municipal, sendo apenas eleita a assembleia municipal, tendo depois o partido mais votado o direito de formar o governo municipal, se necessário fazendo as coligações que se impuserem para garantir uma maioria de apoio na assembleia. Infelizmente, o nosso sistema é uma espécie anómala de "presidencialiamo colegial", que não tem as vantagens de nenhum dos sistemas típicos."

Pessoalmente, ao nível da câmara, estou mais inclinado a simpatizar com o regime presidencialista. Primus inter pares + assembleia municipal. Julgo que se estará a aproximar da prática corrente (eleições centrados no líder da lista) o sistema eleitoral. Simplifica-se e resolve-se boa parte das incoerências, desresponsabilizações e estrangulamentos. Algo que poderá até partilhar afinidades com a eventual implementação de (alguns) círculos uninominais para o parlamento.

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