Dois excertos:

"(…) Um Director Geral deve chegar a esse posto pela capacidade revelada para desempenhar funções de administração, que é como quem diz pela sua capacidade técnica. O mesmo vale para gestores de Institutos ou Empresas Públicas.

Não é isso que hoje se passa. Qualquer pessoa que por razões profissionais entre em contacto com os nossos Hospitais sabe como é raro encontrar-se à frente deles um Administrador minimamente habilitado para a função. Como se isso não fosse suficientemente mau, a situação é agravada pela predisposição dos nomeados para fazerem jeitos aos membros da secção política ou do sindicato que se bateram para colocá-los no lugar que ocupam. (…)

Felizmente, há alguns bons exemplos. O actual Presidente da TAP já sobreviveu a quatro primeiro-ministros. A Administração da RTP nomeada pelo Governo de Durão Barroso mantém-se também em funções. Sabe-se que, num caso e noutro, houve grandes pressões para que fosse adoptado outro rumo, mas, felizmente, o bom senso prevaleceu.

Como se vê, não só a despartidarização da administração pública não é um tema nada simples, como se trata de uma das poucas questões politicas verdadeiramente decisivas com que o país se confronta. Infelizmente, não parece haver nenhum partido político disponível para empenhar-se seriamente na sua resolução."

Escreve João Pinto e Castro no Bl-g- -x-st-. De longe o blogue mais recomendado no Adufe nos últimos dias.

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