Precisão 2

"(…) António Perez Metelo tem razão em muito do que escreve, sublinho apenas que quem hipervaloriza a capacidade de intervenção do Estado (governo) na evolução do PIB nacional é a própria classe política, hipervalorizando ao ponto do ridículo o escrutínio das variações do PIB. Houve em tempos governantes que se ocupassem de saber se uma variação nula (em cadeia) do PIB era um zero positivo ou um zero negativo, por exemplo…

Perante a divulgação mais oportuna, mais rápida, com maior timeliness da primeira estimativa do PIB que se avizinha (divulgação 45 dias após o fim período de referência) faz todo o sentido reforçar a pedagogia pública do que são e de como se podem e devem analisar e utilizar estimativas económicas oficiais, como sejam o Produto Interno Bruto. Recordo por exemplo, que no Reino Unido, entre a primeira estimativa relativa a 2006, divulgada via Eurostat ao 43ª após o final do ano, e a segunda divulgada ao 65º dia, ocorreu uma revisão em baixa de duas décimas da taxa de variação homóloga. Terá o INE britânico falhado redondamente? Not quite. Claramente, preferem ter alguma noção do andamento da economia o quanto antes, admitindo alguma perda de precisão, face à alternativa de se divulgar um número mais exacto mas eventualmente demasiado tardio face à sua utilidade enquanto conselheiro para a governação económica das empresas e do país. (…)"

Continue a ler "PIB: os números falam mas não sob tortura" no Economia & Finanças. 

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