Comparativo sumário entre o referendo 1998 e o de 2007:

  • Muito mais votos, tanto para o "Não" (aproximadamente mais 200 mil votos) como para o "Sim" (um acréscimo de cerca de 1 milhão de votos);
  • Menor abstenção (um acréscimo superior a 11 pontos percentuais);
  • O "Sim" subiu claramente em todos os distritos do País com excepção de Setúbal onde o acréscimo foi marginal – contudo em Setúbal o "Sim" obteve a maior votação por distrito.
  • Muito maior distância percentual entre o "Sim" e o "Não" – antes fora inferior a 3 pontos percentuais favorável ao "Não", agora foi de quase 19 pontos percentuais favorável ao "Sim".

Terão ido votar mais de 43% dos 8826300 eleitores inscritos. Quando a poeira assentar tinha piada voltarmos a colocar uma questão interessante (particularmente relevante para os referendos): qual é o percentagem máxima potencial de votantes para umas eleições? Detalhando:

  • Qual a estimativa para "fantasmas" nos cadernos eleitorais – eleitores já falecidos, registos duplicados devido a alterações de residência? Esse problema ainda é relevante?
  • Qual a estimativa para os eleitores que já perderam a faculdades mínimas que lhes permitem exercer o seu direito de voto?

Recordo que há várias doenças intelectualmente incapacitantes que inexoravelmente têm sofrido um incremento em termos absolutos e relativos (com reflexos nos cadernos eleitorais), perante uma população nacional em crescente envelhecimento. Já para não falar de limitações físicas que acabam por se traduzir em muitos casos na impossibilidade prática de exercer o direito de voto. Curiosidades minhas.

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