Nascemos num pranto, berrando contra um invasor gasoso e tóxico que nos acompanhará até ao último momento, enferrujando-nos aos poucos.

Conhecemos a dor inelutável e persistente quando as entranhas intestinais se enchem de ar quente que o nosso corpo ainda não sabe processar.

Passamos o resto da vida a engolir e a expelir, sempre num equilíbrio precário durante o qual caminhamos em passos pequenos. Todos damos passos pequenos.

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