No Lusofin poderão encontrar comentários muito interessantes à vitória da Finlândia na Eurovisão com um grupo de Heavy Metal. Apesar de todo o amiguísmo político que assola a Eurovisão com, por exemplo, a atomização dos Balcãs a gerar votos cruzados que colocam sistematicamente esses países entre os mais votados (um pouco à imagem do que aconteceu e acontece com a Escandinávia e mais recentemente com o báltico) este ano sucedeu algo um pouco diferente.

Os look alike mais previsíveis (Anastácia, Ricky Martins, Shaquira,…) foram vencidos por um outro grupo de look alike de qualquer coisa que se pareça com heavy metal, notoriamente menos "normais" por aquelas andanças. Eles (da Finlândia) e, se não estou em erro, a Lituânia (com um grupo que na sua canção proclamava ser o vencedor da Eurovisão e pouco mais) concentraram uma grande parte da votação europeia sufragada entre os voluntários que decidiram telefonar. Os primeiros ganharam mesmo o concurso com a maior votação de sempre (ainda que estas sejam dificilmente comparáveis ao longa das últimas 5 décadas).

Não haverá por aí algum politólogo e/ou sociologo que queria divertir-se extrapolando um projecto europeu fundado na transversalidade do voto recolhido pelos Lordi por toda a Europa da Comunidade e de fora dela, por oposição à institucionalizada música de festival? Devia ser um exercício engraçado, afinal a Eurovisão também tem mais de 50 anos…

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