Se eu cumprir duas comissões (seis anos) ocupando um cargo da estrutura de gestão da organização (do mais pequeno ao mais elevado) passo a ter direito vitalício às subvenções que me foram atribuidas quando comecei a desempenhar funções de chefia.

Adicionalmente, a organização tem como pratica nunca ter um chefe que esteja abaixo de um determinado nível de progressão na carreira geral (esse nível depende da relevância da posição de chefia).

As remunerações podem nem ser propriamente invejáveis (face à esmagadora maioria da administração pública, deverão até ser ridículas), contudo, o princípio parece-me estar absolutamente errado.

Qualquer (nova) direcção que pense em mudar as chefias e tenha no orçamento uma forte restrição pensa muito bem antes de proceder à mudança, por muitos razoáveis que sejam os motívos que a justificássem. Enquanto este constrangimento conviver com um processo de avaliação de desempenho que deve levar tendendcialmente a uma meritocracia, como poderá esse processo ser credível?

Desconfio que este exemplo do INE é generalizável a boa parte da administração pública. Alguém tem mais exemplos?

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