A propósito da questão que encerrou este post, o Sérgio cita, nos comentários, o Público de hoje, oferecendo-nos a  resposta:

«À beira de abandonar a liderança da Federação do Porto do PS, Francisco Assis tenciona concentrar a sua actividade política no exercício do cargo de vereador e de eurodeputado. "As duas funções são compagináveis", afiança.»

in Público, 12 de Outubro de 2005

Quando os próprios politicos menorizam os cargos de representação política auto-vinculando-se ou desvinculando-se, ou ainda, reinterpretando os seus cargos/compromissos para com os eleitores, como havemos de prezar a democracia ou olhá-los com orgulho? É preciso denunciar e repudiar este tipo de comportamento tão arreigado na política portuguesa.

Francisco Assis nunca deveria ter-se candidatado ao parlamento europeu se fazia tenções de se candidatar à câmara do Porto, ou, em alternativa, tendo sido eleito Eurodeputado, nunca deveria, bem antes de sequer chegara meio do mandato como Eurodeputado, ter sido candidato à câmara do Porto. Qualquer solução perante os factos consumados seria insatisfatória, mas julgo que esta acumulação de funções consegue ser a pior possível.

Em suma: uma vergonha.

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