Com os dados disponíveis neste momento o PIB português terá crescido em termos homólogos 0,5% no segundo trimestre. O PIB espanhol (o do nosso principal parceiro económico) terá crescido cerca de 3,4%.
As variações em cadeia (comparação de dois trimestres sucessivos) dão Portugal a crescer 1% e a Espanha 0,9%.
É isto motivo para foguetório por parte do governo? Um foguetório mais evidenciado pelo Primeiro Ministro – que se foi empolgando à medida que o dia de ontem ia rolando- do que pelo Ministro das Finanças reconheça-se? É isto motivo para a reacção exacerbada das oposições ou mesmo para um clássico processo de descredibilização do mensageiro que circula por alguma blogoesfera?
Se observarmos com atenção a volatilidade das taxas de variação em cadeia em Portugal, nos anos mais recentes e as compararmos, por exemplo, com as espanholas (nosso principal parceiro económico), facilmente verificamos que no nosso caso temos uma ventania com altos e baixos (com período de recessão técnica pelo meio) enquanto em Espanha se respira calmaria. A abertura a Espanha ainda que ajudando, é incapaz de amortecer a nossa volatilidade…
Em Espanha nos últimos seis trimestres as variações em cadeia oscilaram entre os 0,7% e os 0,9%, por cá, no mesmo período, oscilaram entre os -0,7% e 1%. Há que refrear um bocadinho os ânimos entre as hostes políticas e ter sensibilidade aos números valorizando a cada momento a relevância dos mesmo face há história recente da economia de cada país. No próximo trimestre, tal como sucedeu no actual e em todos os outros anteriores, teremos melhor informação, mais precisa; pelo caminho cada um de nós fará história com o seu comportamento individual no meio desta coisa espantosa que é a economia e muitos de nós contribuirão decisivamente para a qualidade da informação produzida respondendo ou não com verdade e prontidão aos inquéritos do INE.
(continua)

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