Uma pergunta para os politólogos.
Quando e como aqueles que estão no seio de PS (eventualmente sentindo uma revolta nas entranhas perante algumas das recentes práticas do seu governo) deverão tentar assumir críticas públicas marcando diferenças?
O que está em causa é também, e de forma muito evidente, a forma e o método tradicional de se gerarem alternativas no seio dos partidos.
Ao PS, e a outros partidos, falta a coragem de se assumirem as diferenças de forma continuada. Esse exercício, de maior exigência para críticos e criticados, usado com equilíbrio (e como é diferente isto de que falo da também “tradicional” oposição trauliteira useira e vezeira ao primeiro sinal de fraqueza do “leão dominante”), será talvez a única forma de se gerarem alternativas sólidas, percebidas pelo exterior dos partidos, permitindo-lhes recuperar alguma da credibilidade perdida e, quem sabe, cativando para o seu seio outro tipo de interesses e de candidatos a representantes políticos.

Acho que não é cedo para ir fazendo este tipo de questões, orientando-as não só para o interior do actual partido de governo.
O unanimismo aparente, a letargia cómoda dos homens de boa vontade apesar da certeza de uma borrasca mais ou menos longínqua, tem sido o nosso melhor caminho para a degradação democrática.

Uma coisa parece-me estar a fazer escola numa certa esquerda, talvez mais urbana e atenta (parte dela frequentadora desta esfera): o caminho longo e árduo a percorrer, torna-se mais evidente com a confirmação dos piores vícios no seio da actual governação em maioria absoluta da “esquerda moderna” de José Sócrates.

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