Era bom que nos momentos complicados para o regime e para a herança futura de um qualquer partido, houvesse mais jovens jotas que se demarcassem, que conseguissem contrariar críticas como a que se segue:

A avaliar pelo carneirismo e pela defesa fanática dos interesses do partido (geralmente justificando pecados com os pecados dos outros partidos!), pertencer a uma jota partidária, hoje, é um dos piores indícios curriculares para quem se queira abalançar numa carreira política.
Ou melhor, deveria ser, mas não é. Para os partidos, não é. Afinal os jotas são a matilha que há-de continuar a comer o rebanho dos eleitores nas gerações vindouras.

A melhor formação que o jota pode, em regra, esperar da sua organização baseia-se numa estranha ideia de políticos profissionais. Uma em que a formação começa com o confronto imediato com a trapaça eleitoral e com o espírito mercantilista ao serviço das vaidades e ambição mesquinhas de cada um. Qualquer vestígio de preocupação na formação cívica, na história política e nacional e no sentido de Estado não passam de breves e raríssimos precalços na carreira de um jota.

Ao jota que me lê empresto um conselho: se tiveres que ser fanático entretem-te com o clube de futebol e poupa esse bem escasso que é a racionalidade e o sentido de cidadania que tanta falta nos faz. Se o que procuras é um tacho, põe-te a pau, mais cedo ou mais tarde levas com ele em cima. O gado unidos jamais será vencido.

Sim, Armando Vara também foi um insigne jota com um longo currículo partidário. O único crime que cometeu foi ter caído nas más graças de Fernando Gomes que lhe lixou a vida denunciando as irregularidades da sua Fundação, em vez de o ter feito aos outros trezentos que também tinham fundações manhosas. Isto é o que se pode ler numa espantosa apologia do “A Voz do Nordeste” (procure “Vara” e chegará ao texto em questão).

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