O Jornal de Notícias do passado dia 1 dava conta das dificuldades de equipamento enfrentadas pela companhia de comandos que vai partir para o Afeganistão, numa missão NATO que será, provavelmente, a mais arriscada desde a guerra colonial envolvendo militares portugueses. A uma semana da partida, ainda não havia blindados disponíveis. E a espingarda que a companhia vai usar será a velha G3. Isto porque a actual arma “não inspira confiança numa zona de guerra como o Afeganistão, por encravar com frequência”. Faltavam, ainda, os novos coletes de protecção, pois os actuais são demasiado pesados para a missão em causa.
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Temos aqui um exemplo, lamentável, de como funcionam(?) as nossas finanças públicas. Gasta-se cada vez mais – a despesa corrente tem aumentado sem parar desde há muitos anos (ao contrário dos nosso parceiros europeus, que a meio da década de 90 começaram a cortar nos gastos do Estado). No entanto, para funções de soberania, como são as das Forças Armadas, e para missões militares no estrangeiro onde está em jogo o prestígio do país, para isso não há verba a tempo. Aliás, por causa das compras feitas à pressa, gasta-se mais do que se tudo estivesse financeiramente programado.
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Francisco Sarsfield Cabral em coluna do opinião no Diário de Notícias, hoje.

Haverá por aí investigador/jornalista que permita que a avaliação da novíssima metralhadora (e do contrato e despesa que esteve na sua base) vá além de um artigo de opinião? Que terá Paulo Portas a dizer sobre esta análise?

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