O processo de avaliações de desempenho que conheço continua há anos sucessivamente descredibilizado e, se calhar, também aqui António Vitorino teria razão: o problema está mais nos dotes culinários, na mão do cozinheiro para saber dosear os condimentos, do que na receita propriamente dita. Pelo que vou sabendo este ano as coisas não melhorarão. Acrescentam-se-lhe algumas brincadeiras com questões semânticas, bem como algumas características hilariantes como a de impôr quotas para as melhores notas para quem não é chefe.
Dito isto, sugiro a leitura do post “Administração Pública e o poder político” publicado no Tugir em Português onde se lançam vários recados ao actual poder político, alguns dos quais generalizáveis à administração pública de sentido mais lato, como aquela onde já vigora o contrato individual de trabalho. Começa assim:

O PSD chegou ao poder em 2001 e, sem cerimónias, substituiu todos os dirigentes da Administração Pública.
Uma vez instalados, ajustaram os trabalhadores à sua nova realidade, não hesitando em colocar técnicos de competências reconhecidas a desempenhar papeis subalternos retirando-lhes capacidade técnica, solicitando-lhes trabalhos, estudos e pilotos que não aproveitaram, designando-os para desempenhos em equipas mistas com Outsourcing por si contratado e com o qual mantiveram contacto directo sobrepondo esse relacionamento ao institucional, fazendo com que fossem os fornecedores de Outsourcing a informar esses técnicos de abandonado a meio de projectos, por orientação superior, retirando aos seus técnicos toda a dignidade anteriormente adquirida por serviços de qualidade comprovadamente prestados, limitando-os no espaço em situações de quase emparedamento, etc.
Pretenderam com isto, aquilo que a todos é evidente. Destabilizar e desmoralizar os trabalhadores que elegeram como alvo a abater.
O Governo anterior fez e mandou fazer tudo isto. Tudo isto ainda se passa agora.(…)

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