Palavras cheias de claridade
Espero que este post se insira no espírito da citação.
Num certo romance policial que “como se sabe, tem as suas regras” o leitor
“(…) descobre palavras cheias de claridade, anêmona, manga, laranja, falésia, azul-marinho, goiaba, papel de arroz, pérolas, água gelada, gardênia, prata, coração desenhado no tronco de uma amendoeira, calçada de basalto.(…)”
Francisco José Viegas, Longe de Manaus, pp.111, Edições Asa, Lisboa, Abril de 2005.
April 21st, 2005 at 8:37 pm
Os “as” e os “és” são abertos e largos. Os “is” são estridentes, refulgentes. Os “ós” e os “us” são fechados, contidos. O homem, para além de ser bonito, sabe escrever!