Executivos monocolores = maior corrupção diz Jerónimo de Sousa.
Também é igual a maior responsabilização, digo eu.
Quanto à afirmação de Jerónimo de Sousa fico com outra pergunta inspirada em algumas autarquias dos arredores da capital: até que ponto o risco de corrupção não é maior e mais difícil de controlar quando um mesmo vereador se mantêm décadas a fio no executivo camarário, ganhe ou perca as eleições?
Os partidos controlam assim tão eficazmente os seus autarcas? Eu tenho muitas dúvidas fundadas em exemplos bem notórios com projecção pública e judicial. Se esta mudança implicar uma maior lógica de equipa nos grupos (não só partidos) que se propuserem às autarquias, até pode ter as suas vantagens.
Quanto à pluralidade, com engenho e arte, pode até sair reforçada. Há um novo pretexto, uma outra nitidez de argumentos para quem quiser demonstrar que os políticos não são todos iguais.
A luta pela pluralidade deve fazer-se a outros níveis, junto da comunicação social e das interferências dos vários níveis do Estado junto desta, por exemplo.
Se bem percebi, a nova lei, converte uma obrigação eleitoral num direito do Presidente da Câmara (em nomear vereadores de outros partidos). Assim de repente, parece-me um avanço democrático. Um ganho de coerência de todo o sistema.

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