Se lerem as últimas semanas do Adufe na diagonal, salvo a retroespectiva do Ministro mais indigno, tenho evitado trazer para aqui os desmandos e os desrespeitos à democracia que se vão sucedendo no ainda actual governo. Garanto-vos que, se comentasse cada evento que me revolta, o tasco não pararia de ter actualizações.
Tenho sido bem mais crítico com José Sócrates, por exemplo. Digamos que tenho investido na crítica e no comentário construtivo, com melhores probabilidades de ter retorno positivo.
Quanto aos outros senhores, sou assaltado por uma fadiga imensa. Tanto disparate junto cansa e cheguei a um ponto onde acho que só não vê quem não quer ou quem nunca coseguirá enxergar nada. A evidência é tanta que me dispenso de mastigar a porcaria.
Curiosamente, nenhum governo como este me ajuda a recuperar tão vivamente as memórias do tipo de luta política que existia entre as candidaturas às associações de estudantes das escolas por que passei. Os piores exemplos de então são os que hoje se reproduzem no governo PSD/CDS-PP.
Quanto a Sócrates, por aqui, ando balançando entre o ter que votar nele – é já uma declaração de voto, neste momento – e o acreditar nele como algo mais do que uma vírgula no caminho da melhoria do nível da política que teremos no futuro. Prefiro baixar as expectativas e ir modestamente abrindo caminho a melhores dias, de melhores políticos e de melhores eleitores. Em defesa da democracia e da liberdade.
Abrir caminho para uma reforma radical no sistema fiscal português por exemplo (ver penúltimo post) e, consequentemente, na forma de encarar a política, por exemplo, parece-me um bom princípio.

Discover more from Adufe.net

Subscribe now to keep reading and get access to the full archive.

Continue reading