Confiança recupera nos serviços e construção e degrada-se na indústria transformadora e comércio indicador de confiança nos consumidores mantém evolução negativa

O Indicador de Clima estabilizou face ao mês anterior, após ter mantido uma trajectória descendente entre Agosto e Outubro.
Em termos sectoriais, verificaram-se deteriorações dos níveis de confiança na Indústria Transformadora e no Comércio, tendo-se apurado recuperações na Construção e, particularmente, nos Serviços.
Em Novembro, o indicador de confiança dos consumidores registou, pelo quarto mês consecutivo, uma evolução negativa.

in INE
Anexo ainda uma nota de esclarecimento do INe que poderá servir a alguns jornalistas.

Nota Prévia – Esclarecimentos relativos à análise de conjuntura da Comissão Europeia e do INE:

Com a divulgação dos dados relativos aos indicadores de confiança de Novembro repete-se de forma significativa uma discrepância entre as análises e estatísticas produzidas e publicadas pelo INE e as divulgadas pela Direcção Geral da Comissão Europeia responsável pela análise de informação de conjuntura a nível comunitário – a DGECFIN.
Esta situação é geralmente amplificada por utilizadores menos informados que poderão ser levados a comparar realidades distintas. Com o intuito de precaver a repetição dessa situação e considerando que no corrente mês esse risco surge como mais provável, atendendo a alguns artigos já divulgados na imprensa especializada, considerou-se conveniente esclarecer o utilizador sublinhando os seguintes pontos:
1. O INE fornece mensalmente à Comissão Europeia – DGECFIN, sob contrato público quinquenal renovado em 2004, informação relativa a quatro Inquéritos de Conjuntura, a saber:
i. – Inquérito Qualitativo de Conjuntura aos Consumidores,
ii. – Inquérito Qualitativo de Conjuntura à Indústria Transformadora,
iii. – Inquérito Qualitativo de Conjuntura ao Comércio a Retalho e
iv. – Inquérito Qualitativo de Conjuntura aos Serviços.
2. A informação divulgada pela Comissão Europeia – DGECFIN para os referidos inquéritos tem por base a informação do INE, mas difere nos resultados finais divulgados por incorporar uma correcção de sazonalidade baseada numa metodologia aplicada aos dados de todos os países considerados no seu boletim informativo. Esta metodologia (DAINTIES) encontra-se presentemente em revisão, existindo a proposta de vir a ser substituída por outra, considerada mais adequada pelos produtores nacionais. Tal alteração ainda não foi realizada devido a dificuldades de alguns países em assegurarem internamente a realização da correcção da sazonalidade da informação que produzem. O INE adoptou há vários anos o software DEMETRA, seguindo a sugestão do Eurostat e estando em linha com o preconizado pelo Banco Central Europeu. Correntemente utiliza-se a opção X12-Arima do referido software para proceder ao despiste e tratamento da sazonalidade das séries divulgadas.
3. Acresce que, contrariamente à prática corrente no INE, a Comissão Europeia – DGECFIN centra a sua análise e construção do Indicador de Sentimento Económico em dados efectivos corrigidos da sazonalidade. No INE, ainda que se divulgue também a informação em valores efectivos de cada mês, procede-se há largos anos ao alisamento de todas as séries recorrendo ao cálculo do valor médio considerando os três meses de informação mais recente (médias móveis de três meses). Assim, o valor analisado em Novembro é na realidade uma média de três termos contendo a informação do trimestre terminado em Novembro. Este procedimento permite destacar com maior segurança o movimento predominante dos últimos meses, tornando a análise menos vulnerável a efeitos arbitrários ou singularidades que poderão ocorrer pontualmente num determinado mês e/ou num sector específico. Observando atentamente os valores recentes de algumas das séries em valores efectivos – por exemplo, a série do indicador de confiança dos Serviços – encontram-se motivos para reforçar o procedimento adoptado.
4. Sublinha-se que estando na presença, em ambos os casos (destaque do INE e boletim da DGECIN), da mesma informação produzida pelo INE, esta Instituição encontra-se a desenvolver esforços junto dos serviços da Comissão Europeia no sentido de mitigar, senão eliminar, as divergências introduzidas pela necessidade de harmonização internacional sentida pela Comissão Europeia.
Destacadas as diferenças espera-se ter tornado mais claras as razões de algumas divergências entre os dois boletins informativos, comuns aliás a vários países da União Europeia, recomendando aos utilizadores intermédios e finais da informação o continuado espírito crítico na utilização de informação estatística.

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