Leitura prévia (com sublinhados meus), excerto de um artigo do Público de hoje “Barack Obama A Vitória do Político “Melting Pot” assinado por Sofia Lorena:
«Alguns acreditam que será o primeiro Presidente americano negro. Estrela ascendente, a caminho ou não da presidência, Barack Hussein Obama deu ontem um importante passo em frente no seu percurso, vencendo facilmente um lugar de senador em Illinois. A partir de Janeiro, será o único negro entre 100 senadores, tornando-se no quinto afro-americano a servir no Senado e no terceiro senador negro no período pós-guerra civil.

Jovem e carismático, eloquente e moderado, decidido e competitivo, Obama assumiu-se como figura nacional na Convenção do Partido Democrata, no fim de Julho. Como um dos poucos candidatos em condições de roubar um lugar aos maioritários republicanos, teve espaço privilegiado para discursar. Passou em todos os noticiários nacionais e as revistas apressaram-se a publicar o seu perfil. “Não existe uma América negra, uma América branca e uma América hispânica: existem os Estados Unidos da América”, disse então.

Filho de um queniano que ganhou uma bolsa para estudar nos EUA e de uma americana branca do Kansas, nasceu no Havai e passou quatro anos da sua infância na Indonésia, de onde era oriundo o padrasto. Membro da geração dos filhos da integração, nascidos depois dos direitos cívicos dados aos negros em 1964, descreve-se como “um americano ‘melting pot’” (…)»

Comentário: um filho de um branco com um preto é, para Sofia Lorena e para muita gente aquém e além mar, um preto ou um negro. Estas ilações causam-me confusão na caraminhola. Recordo-me sempre de um célebre entrevista de Mário Leston Bandeira ao Expresso onde justificava o aumento de natalidade me Portugal com o afluxo de imigrantes pois a maior acréscimo de nascimento vinha ocorrendo em casais…mistos (portugueses com não portugueses) sendo os seus filhos, “portanto”, sociologicamente imigrantes.

Sofro de alguma distorção do raciocínio lógico ou então estou condicionado pelo “It takes two, baby” de Tina Turner… O que é certo é que dou por mim a reparar nestes detalhes. Nota-se claramente que sofro de falta de “clareza e simplicidade“.

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