Ser contra em vez de ser a favor não funcionou. E parece que muita da energia que se utilizou em torno de Kerry passou pela escolha do menor dos males.
Do outro lado terá havido poucos votos com esta lógica e parece ter existido uma mobilização muito expressiva a nível nacional pró-bush, a favor de algo.
Uns dizem que agora os democratas têm de virar à esquerda respondendo ao desvio para a direita dos republicanos que lhes deu duas eleições presidenciais, o senado e a câmara dos representantes.
Outros defendem que tem de se colocar mais ao centro apostando na captação de novos eleitores entre abstencionistas.
Poucos democratas (em choque?) que ouço nos canais de TV americanos parecem preocupar-se – pelo menos nestes primeiros instantes – com a perspectiva mais global da coisa. Evitam recorrer à história (uma re-eleição), às migrações demográficas internas, à conjuntura política mundial e específica dos EUA em pleno período de amadurecimento da nova ordem mundial.

O que é certo é que nas próximas eleições ambos os partidos terão de apostar no seu candidato. Terão de mobilizar-se a favor do valor intrínseco dos seus candidatos e das políticas que propõem. Façam o que fizerem, lá como cá, acho que há algo acima dos desvios conjunturais que a médio prazo dará votos às propostas: uma linha de rumo clara, uma acção política continuada em prol de um conjunto bem definido de políticas devidamente representadas por um político de excepção sem rabos-de-palha e, obviamente, com acesso a quantias astronómicas de dólares.
O caminho faz-se caminhando mesmo com spin.

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